27 de setembro de 2012
A verdade está lá fora?
A NASA divulgou hoje uma foto espetacular de uma pequena parte do universo profundo(clique na foto para vê-la ampliada). A foto é uma compilação de várias fotos dos últimos 10 anos, e nos revela a existência de cerca de 5.600 (cinco mil e seiscentas) galáxias nessa minúscula parte do universo fotografada. Ao todo foram mais de 10.000 fotos tiradas pelo telescópio Hubble. Após observar a foto, cheguei à conclusão de que é muita ingenuidade e egoísmo duvidar da vida extraterrestre inteligente lá fora. Afinal, cada galáxia é formada por milhares de sistemas solares e, portanto, bilhões de planetas. Cada área luminosa da foto, mesmo as mais apagadas, significa a existência de uma galáxia.
Então, a verdade está lá fora?
26 de setembro de 2012
Calote de senadores será pago por você
Acredite se quiser, mas é isso mesmo. Desde 2007, os senadores não pagam imposto de renda sobre os 14º e 15º salários. Sim, além do 13º, eles tem dois salários extras por ano. O montante do calote, que será pago por nós contribuintes, e de aproximadamente R$10,8 milhões. Por ano, cada senador sonegou
R$103.584. Como sabemos, o mandato de um senador é de 8 anos. Portanto, tem senador que embolsou R$828.672,00 (oitocentos e vinte e oito mil e seiscentos e setenta e dois reais; considerando que não foi reeleito.
Mas, para a Educação nunca há verba disponível. Já imaginaram se Copa do Mundo fosse Educação?
17 de março de 2011
22 de fevereiro de 2011
Falei e disse
E Cai a máscara de Obama.
Obama fez aquilo que os Estados Unidos melhor fazem.
Independente do governante de plantão.
Vetou a resolução da ONU que considera ilegais a construção de colônias israelenses em terras palestinas.
Os 14 membros do Conselho de Segurança votaram unanimemente contra a construção mas de nada valeram esses votos por causa do veto dos Estados Unidos.
Quem imaginava que Obama seria um governante diferenciado enganou-se.
Ele é mais um mini-poodle do sistema.
Sistema esse governando por corporações, independente do país, do presidente, rei, ditador.
São todos meros capitães do mato, violentos alguns, simpáticos outros, dependendo do momento e da necessidade.
Não se enganem.
Não existem nações soberanas nem governantes independentes.
Somos todos reféns.
13 de fevereiro de 2011
O estudo do Instituto de Pesquisa Ecônomia e Aplicada (Ipea) é interessantíssimo. “Comunicado nº 75 – Gasto com a Política Social: alavanca para o crescimento com distribuição de renda” indica que a cada um real gasto com educação pública se gera R$ 1,85 para o Produto Interno Bruto (PIB). Dentre os gastos sociais, foi o que mais representou favoravelmente ao PIB. No site do IPEA, o diretor de Estudos e Políticas Sociais, Jorge Abrahão, disse que “O gasto na educação não gera apenas conhecimento. Gera economia, já que ao pagar salário a professores aumenta-se o consumo, as vendas, os valores adicionados, salários, lucros, juros”. No caso da Saúde, por exemplo, também de cada um real se gera ao PIB R$1.70 e da Dívida Pública, de cada um real gasto com os juros dela, se gera R$ 0,71. O texto diz também que 56% dos gastos sociais retornam ao Tesouro na forma de tributos.
Comentário: Mas isso é logico, porque todo o dinheiro que circula retorna para o erário. O difícil, é fazer os politicantes entenderem isso.
Comentário: Mas isso é logico, porque todo o dinheiro que circula retorna para o erário. O difícil, é fazer os politicantes entenderem isso.
9 de fevereiro de 2011
E se Ele voltasse hoje?
Me lembro como se fosse hoje, não posso esquecer. Em 2002, num encontro de casais, o palestrante disse que se Jesus voltasse hoje, ele seria bem recebido pela humanidade. Sera?! Com certeza Jesus seria novamente crucificado. Não tenha dúvida. Desde a sua origem, o homem mudou pouco ou quase nada, e é por isso que a mensagem bíblica continua atual. Então, se Ele voltasse hoje, diria as mesmas palavras que disse há quase 2000 anos.
Como sabemos, Jesus se marginalizou (não no sentido de bandido), para ficar ao lado dos pobres, porque não concordava com a expropriação do trabalho do homem. Pois, ninguém é pobre por vontade de Deus. A origem da pobreza está na política. Por isso, Ele questionou o sistema da época, e desagradou as elites. Percebendo que suas mensagens tinham penetração na massa, os donos do poder temiam por uma revolta, e assim deram um jeito de condená-lo.
Como sabemos, Jesus se marginalizou (não no sentido de bandido), para ficar ao lado dos pobres, porque não concordava com a expropriação do trabalho do homem. Pois, ninguém é pobre por vontade de Deus. A origem da pobreza está na política. Por isso, Ele questionou o sistema da época, e desagradou as elites. Percebendo que suas mensagens tinham penetração na massa, os donos do poder temiam por uma revolta, e assim deram um jeito de condená-lo.
6 de fevereiro de 2011
O Império da Mentira
Desde a guerra fria a política externa estadunidense é paradoxa. Esses ideais de democracia e liberdade de imprensa e expressão, constituem um aparato da doutrina ideológica para manipular a opinião pública; um engodo.
O caso do Egito, é apenas mais um exemplo dessa política externa anacrônica, unilateral e etnocêntrica.
Leia abaixo artigo publicado no New York Times sobre a política externa mais incoerente do mundo:
por Luiz Carlos Azenha
São aquelas coisas que acontecem só de vez em quando. De manhã, no New York Times, testemunhos devastadores contra o regime de Hosni Mubarak, no Egito. À tarde, a decisão dos Estados Unidos de apoiar a transição com Omar Suleiman, o espião que coordenou as “extraordinary renditions”, sequestros de suspeitos praticados pelos Estados Unidos, entregues em seguida para tortura em vários países, inclusive no Egito. Ou seja, a ideia de Washington agora parece ser a de fazer a transição com Hosni Mubarak.
Leiam o texto publicado no Times [1], que revela os bastidores do regime que os Estados Unidos pretendem preservar, em defesa de seus próprios interesses e dos interesses de Israel:
February 4, 2011
Dois repórteres detidos viram os métodos da polícia secreta em primeira mão
By SOUAD MEKHENNET and NICHOLAS KULISH
CAIRO
Nós fomos detidos por autoridades egípcias , entregues à temida Mukhabarat, a polícia secreta, e interrogados. Eles nos deixaram à noite em uma sala fria, em bancos de plástico laranjas, sob luzes fluorescentes.
Mas nosso desconforto não foi nada em comparação com as pancadas e os gritos de dor de egípcios que quebravam o silêncio da noite. Em um caso, entre os gritos de sofrimento, um policial disse em árabe, “Você está conversando com jornalistas? Você está falando mal de seu país?”
Uma voz, também em árabe, respondeu: “Você está cometendo um pecado. Você está cometendo um pecado”.
Nós — Souad Mekhennet, Nicholas Kulish e um motorista, que não é jornalista e não estava envolvido em manifestações — fomos detidos na tarde de quinta-feira enquanto dirigíamos no Cairo. Fomos parados numa barreira policial e assim começou nossa jornada de 24 horas através da detenção egípcia, terminando com — assim nos disseram os soldados que nos deixaram lá — a polícia secreta. Quando perguntados, eles se negaram a se identificar.
A prisão foi terrível. Nós nos sentimos sem poder — incertos sobre onde e por quanto tempo ficaríamos presos. Mas a pior parte não teve nada a ver com nosso tratamento. Foi ver — e particularmente ouvir através das paredes deste lugar apavorante — o abuso de egípcios nas mãos de seu próprio governo.
Por um dia, estávamos presos num labirinto brutal onde egípcios ficam perdidos por meses ou mesmo anos. Nossa detenção deixou claros os abusos dos serviços de segurança, da polícia, da polícia secreta e dos serviços de inteligência, e ajuda a explicar porque eles figuraram nas reclamações feitas pelos manifestantes [que querem derrubar Mubarak].
Muitos jornalistas também viveram essa experiência e muitos ficaram em piores condições — alguns deles sofrendo ferimentos.
De acordo com o Comitê para Proteger Jornalistas, no mesmo período em que ficamos detidos houve a detenção de 30 jornalistas, 26 ataques [a jornalistas] e 8 casos de equipamentos apreendidos. Vimos um jornalista com um curativo na cabeça e outros com a cabeça coberta, trazidos por homens armados.
De manhã, pudemos ouvir a voz de um homem com um sotaque francês dizendo em inglês: “Onde estou? O que está acontecendo comigo? Responda. Responda”.
Isso nos levou a agir — pressionando por nossa libertação com urgência e na verdade com mais medo que antes. Um oficial não fardado, que disse se chamar Marwan, fez um gesto. “Venham até a porta”, ele disse, “e olhem”.
Vimos mais de 20 pessoas, ocidentais e egípcios, algemados e com os olhos vendados. O lugar estava vazio quando chegamos, na noite anterior.
“Poderíamos tratar vocês muito pior”, ele disse sem tensão na voz, deixando que os fatos falassem por si. Marwan disse que milhares de egípcios estavam presos. Durante a noite nós ouvimos quando eles eram espancados, quando gritavam depois de cada golpe.
Nós tínhamos voltado ao Cairo depois de cobrir as manifestações em Alexandria para o Times. Estávamos viajando com jornalistas da emissora pública alemã ZDF, uma prática normal nessas condições — segurança garantida pelo número [de viajantes].
Nas cercanias do Cairo, fomos parados no que parecia uma barreira policial civil.
Tínhamos passado por várias barreiras sem problemas, mas depois que o motorista abriu o porta-malas uma tremenda comoção começou. Eles viram uma grande mala com um microfone laranja da ZDF para fora. No ambiente tenso, equipes de TV tinham sido atacadas e acusadas de criar propaganda anti-egípcia. Tínhamos estado no meio de uma confusão com a mesma equipe no dia anterior.
A multidão gritava e batia no automóvel, abrindo as portas. A equipe da ZDF, que estava em outro carro, conseguiu escapar, mas ficamos presos. Em vez de nos tirarem do carro como esperávamos, dois homens entraram no assento traseiro. Ficamos aliviados porque eles estavam nos levando para longe da multidão, até que um deles mostrou sua identificação de policial. Em vez de nos ajudar a escapar, ele estava nos detendo.
O policial deu ao motorista instruções para chegar a uma delegacia de polícia improvisada no distrito de Sharabiya, no Cairo, no segundo andar de um depósito de madeira. O oficial encarregado, que se identificou como Ehab, disse que eram da polícia secreta.
Eles olharam nas malas da ZDF e encontraram mais que uma câmera. “Temos uma mulher de origem árabe com um passaporte alemão e um americano em um automóvel com uma câmera, equipamento de satélite e dez mil dólares”, ele disse. “Isso é muito suspeito. Acho que precisamos checá-los”.
A ansiedade se tornou expectativa quando fomos levados para uma base militar. Os militares são a coisa mais próxima no Egito de uma garantia de estabilidade e pensamos que uma vez explicado quem éramos e mostrada a documentação seriamos autorizados a voltar para o hotel.
Numa conversa estranha, que só fez sentido mais tarde, a srta. Mekhennet perguntou a um soldado, “onde vocês estão nos levando?”. O soldado respondeu: “Sinto muito por vocês. Desculpem”.
Depois de levados para várias outras bases, fomos informados de que seríamos entregues à Mukhabarat em seu quartel-general da Nasr City.
Já caia a noite quando eles nos fizeram tirar tudo do carro. Tudo foi listado, das meias à água ao maço de 50 notas de 100 dólares. Nossos telefones, câmeras e computadores foram confiscados.
Fomos levados para salas separadas com as paredes cobertas por almofadas de couro marrom e interrogados individualmente. O interrogador do sr. Kulish falava inglês perfeitamente e brincou a respeito do seriado de TV “Friends”, mencionando que tinha vivido na Flórida e no Texas.
O Mukhabarat tem um relacionamento de trabalho com a inteligência estadunidense, inclusive com o assim chamado programa de rendição da CIA, de transferência de prisioneiros. Durante o interrogatório, um homem que estava sendo espancado por perto — o som doentio variava entre um baque e um tapa. Entre os gritos dele deu para ouvir um grito em árabe, “você é um traidor, trabalhando para estrangeiros”.
Os jornalistas egípcios tinham mais liberdade que os de outros estados policiais da região, mas a polícia secreta sempre ficou de olho tanto nos jornalistas quanto em suas fontes. Quando os protestos se tornaram mais violentos, uma campanha de intimidação contra jornalistas e os egípcios que falavam com eles se tornou aparente. Nós aparentemente ficamos no meio disso.
A srta. Mekhennet perguntou a seu interrogador, “onde estamos?”. Ele respondeu: “Em lugar nenhum”.
Fomos encapuzados e levados para um quarto vazio, onde passaríamos a noite. Na tarde seguinte seríamos colocados em cadeiras plásticas laranjas. Os gritos que ouvimos da tortura tornaram praticamente impossível pensar.
Não sofremos abusos físicos. A srta. Mekhennet explicou que tinha passado mal e um homem apareceu com um medidor de pressão, mas ela rejeitou a oferta de ajuda. Um policial deu a cada um de nós uma Pepsi e um pequeno pacote de biscoitos. Já passava das dez da noite, não tínhamos comido desde o café da manhã, mas a gritaria instantâneamente acabou com nosso apetite.
Fomos informados de que seríamos libertados de manhã e a partir das 6 horas da manhã começamos a pedir repetidamente nossa libertação.
Marwan apareceu por volta das 11 da manhã. Ele ficou claramente irritado com nossos pedidos, reclamando que milhares de civis egípcios estavam detidos. Ele não gostou de nossa sensação de que teríamos algum tipo de privilégio.
Foi quando abriu a porta e mostrou nossos colegas de outros órgãos da mídia internacional algemados e vendados. Ele disse que estava exausto, mas que iria procurar nossos celulares e computadores.
Cerca de uma hora depois, nossos pertences foram devolvidos. Nosso maior medo, de que o motorista inocente fosse mantido preso para “processamento”, não se tornou realidade.
Saímos juntos, com sensação de culpa quando vimos nossos colegas com os olhos vendados e feridos, e mais gente chegando presa, trazida por guardas com coletes à prova de bala e fuzis de assalto.
“Vamos para o hotel?”, perguntamos.
“Isso você não pode saber”, um guarda respondeu.
Os policiais nos colocaram em nosso carro e mandaram que ficassemos com a cabeça baixa. “Olhem para baixo e não falem. Se olharem para cima verão algo que nunca gostariam de ter visto”.
Eles nos deixaram esperando por dez minutos. Os únicos sons eram de armas sendo carregadas e checadas e de fita crepe sendo arrancada.
Um interrogador apareceu e perguntou a nosso motorista, “o que você fazia na praça Tahrir?” O motorista respondeu que não tínhamos estado lá. O interrogador disse ao motorista, “você é um traidor de seu país”.
Em árabe, a srta. Mekhennet, uma cidadã alemã com raízes árabes, disse seguidamente ao interrogador que nós éramos jornalistas do New York Times. “Você veio até aqui para fazer este país parecer ruim”, o interrogador disse.
Fomos informados de que poderíamos dirigir nosso carro, mas sob a escolta de um homem armado. Novamente, fomos orientados a olhar para baixo.
Finalmente, depois de um tempo, o homem que fazia nossa escolta ordenou que o motorista parasse o carro, saiu e disse “podem ir”.
O motorista começou a gritar “Alhamdulillah” ou “graças a Deus”. Olhamos em volta e descobrimos que estávamos sós no meio de Cairo, mas longe dos protestos, no meio do tráfego normal, que seguia lentamente.
Fonte: Viomundo