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24 de novembro de 2009

De Peão a Rei (II)

Definitivamente, o Brasil não é mais um mero fundo de quintal para a política externa estadunidense. As críticas internas revelam o anacronismo do pensamento da direita que, mediante o êxito do governo Lula, não tem discurso. Outrossim, as críticas internacionais, confirmam que o sucesso do governo atual colocou o Brasil na condição de importante ator global - caso contrário, a visita de Ahmadinejad ao Brasil não teria sido destaque nos principais jornais do mundo.
Infelizmente, a tal direita quer manter o Brasil na condição de fundo de quintal para a obsoleta e paradoxal política externa estadunidense - que reatou com o Vietnam; porém, mantém o bloqueio econômico contra Cuba, e apoia os campos de concentração na palestina.
Ao contrário das críticas, Lula está correto, visto que, sem diálogo não há entendimento. Os radicais que não querem o dialogo com o Irã, são os mesmos que nos bastidores defendem a guerra. O isolamento do Irã da comunidade internacional é o combustível que alimentará o recrudescimento do governo de Teerã.

11 de novembro de 2009

Polêmica

Recentemente uma aluna universitária da UNIBAN, foi hostiliza pelos colegas. Na ocasião, a estudante do curso de Turismo, chamada pelas amigas pelo apelido de "Loirão", foi ao campus com um vestido curto que foi encarado como "provocação" por vários colegas. Por causa disso, ela foi hostilizada e ameaçada fisicamente, como demonstram diversos vídeos que circulam na internet. Sem apoio dos seguranças da faculdade, ela precisou ficar trancada dentro de uma sala e só saiu de lá escoltada pela Polícia. A Uniban prometeu apurar o caso.



Assista ao vídeo, e faça um comentário com o seu ponto de vista sobre o assunto.

9 de outubro de 2009

América Vermelha

No século XX, as forças políticas latino-americanas de esquerda realizaram três grandes tentativas de mudança.
No chile, o socialista Allende foi eleito presidente. Ele propunha alcançar o socialismo através de reformas graduais e democráticas. Mas foi derrubado pelo golpe militar de 1973, chefiado pelo general Pinochet.
Em Cuba, os guerrilheiros realizaram a Revolução de 1959, comandada por Fidel Castro. Cuba se tornou um país socialista, governado pelos comunistas, com o apoio da União Soviética.
Na Nicarágua, os guerrilheiros sandinistas chegaram ao poder em 1979. A pressão dos EUA arruinou o país. Em 1990, os sandinistas perderam as eleições e saíram do governo.



Com suas palavras, faça uma descrição crítica sobre o contexto político e social que engendrou a luta armada dos movimentos de esquerda na América Latina do séc. XX.

2 de outubro de 2009

De peão a Rei


E mais uma vez brilhou a estrela do presidente Lula. Hoje, 02 de outubro de 2009, é um dia histórico para os brasileiros. Definitivamente, ninguém segura o Brasil.
Tecnicamente, todas as cidades candidatas estavam empatadas. Porém, a Cidade Maravilhosa fica abaixo da linha do Equador. Logo, no início da cerimônia para a escolha da cidade sede das próximas Olimpíadas, o Rio de Janeiro estava em desvantagem.
Na minha opinião, foi uma grande vitória do Rio e do Brasil. Mas, além disso, uma grande vitória do presidente Lula, que trabalhou 3 anos fazendo a campanha para o Brasil.
Gostem ou não, aquele peão que saiu do nordeste num pau de arara, hoje foi elevado à figura de Rei no tabuleiro de xadrez das grandes potências do mundo. Sim. "Esse é o cara". (lamentável que outra vez, a imprensa, digo, jonalixo, esteja minimizando a importância do Lula nessa escolha)
As imagens falam mais do que qualquer palavra:









Abolição_Escravatura_801

"Era uma vez uma princesa boazinha, chamada Isabel. Ela ficou com tanta pena dos negrinhos que resolveu acabar com a escravidão, assinando a Lei Áurea.
Todos os brasileiros já ouviram essa história, não é mesmo? Mas será que a escravidão só acabou por causa d gesto generoso da princesa? Justifique a sua resposta.

Sugestão para pesquisa em: http://www.google.com.br/search?q=aboli%C3%A7%C3%A3o+da+escravatura&ie=utf-8&oe=utf-8&aq=t&rls=org.mozilla:pt-BR:official&client=firefox-a


PROIBIDA "COPIAR" E "COLAR"

1 de outubro de 2009

"Mudernisassão" da T. Porto

É isso aí gente. A TI chegou às salas de aula da Rede Pública de Ensino do Estado do Rio de Janeiro. Depois de distribuir mais de 50.000 (cinquenta mil) notebooks superfaturados (pra não perder o costume), agora é a vez da sala de aula receber a "mudernisassão". Os contribuintes desembolsaram R$ 100.000.000,00 (quanto mesmo?!) para equipar todas salas de aula com um computador. Além disso, todas as escolas possuem Internet Uairelesssss. Vejam as fotos. Ficou chique demais. hehehehehehehe...




Jornalixo

Aconteceu ontem, em Fortaleza, na sessão ordinária da Assembléia Legislativa do Ceará. Indignado com o indisfarçável tom de zombaria que a revista Veja emprestou a esta reportagem sobre a cidade de Sobral, o deputado Lula Morais, do PCdoB, ocupou a tribuna daquela Casa e rasgou um exemplar da "indispensável" publicação abriliana, transformando-a quase em confetes. Curiosamente, até mesmo deputados do PSDB manifestaram-se solidários à zanga do colega comunista, repudiando o tipo de jornalismo praticado pelo semanário da famiglia Civita. Segundo os parlamentares, a intenção da matéria é atingir Ciro Gomes, provável candidato à presidência da República. Confira aqui e aqui.

30 de setembro de 2009

Os Mestres do Dinheiro

A história de como os Bancos Privados se tornaram a mais poderosa e infame dominação do mundo. Aborda o papel dos bancos na história e atualmente. Vindo desde a criação das primeiras Casas de Moeda na antiga Roma até hoje em dia. Como os bancos controlam as nações, impelindo-as as guerras e escravidão do povo através de dívidas e juros para pagá-las. O que as principais guerras na Europa e resto do mundo, desde Napoleão a Segunda Guerra Mundial tem em comum? Tudo isso é abordado exaustivamente num documentário mais do que completo sobre a milenar história da nossa escravidão pelo sistema monetário dos banqueiros.

11 de setembro de 2009

Os rivais de Portugal no Brasil (Holanda)

Os holandeses perceberam a vulnerabilidade que as colônias portuguesas instaladas no Brasil apresentavam e decidiram colocar parte de seus planos em prática invadindo a região Nordeste do Brasil nas primeiras décadas do século XVII. A Holanda, nesta época, contava com uma poderosa tecnologia naval, fruto de investimentos advindos do "acolhimento", da parte dos holandeses, com relação aos cristãos -- novos, foragidos de outras regiões.

Com suas palavras, responda:

Por que os holandeses cobiçavam colonizar o Brasil?

PROIBIDO "COPIAR" E "COLAR"

24 de agosto de 2009

Imperialismo



Imperialismo é a política ocorrida na época da Segunda Revolução Industrial. Trata-se de uma política de expansão territorial, cultural e econômica de uma nação em cima de outra. O imperialismo contemporâneo é chamado de neo-imperialismo, pois possui muitas diferenças em relação ao imperialismo do período colonial. Basicamente, os países imperialistas buscavam três coisas: Matéria-prima, Mercado consumidor e Mão-de-obra barata. A concepção de imperialismo foi perpetrada por economistas alemães e ingleses no início do século XX. Este conceito constituiu-se em duas características fundamentais: o investimento de capital externo e a propriedade econômica monopolista.Desse modo, a capitalização das nações imperialistas gradativamente se ampliava, por conseguinte a ‘absorção’ dos países dominados, pois monopólios, mão-de-obra barata e abundante e mercados consumidores levavam ao ciclo do novo colonialismo, que é o produto da expansão constante do imperialismo. Os países imperialistas dominaram, exploraram e agrediram os povos de quase todo o planeta. A política imperialista provocou muitos conflitos, como a Guerra do Ópio na China, a Revolução dos Cipaios na Índia, etc. Assim, ao final do século XIX e o começo do XX, os países imperialistas se lançaram numa louca corrida pela conquista global, desencadeando uma rivalidade entre os mesmos. Essa rivalidade se tornou o principal motivo da Primeira Guerra Mundial, dando princípio à “nova era imperialista” onde os EUA se tornaram o centro do imperialismo mundial.

Com sua palavras, responda qual era o objetivo principal dos países imperialistas no início do séc. XX.

Crash_in_New_York(1929)

Em 1929, ocorreu o crash da Bolsa de Nova Iorque. Com exceção dos países socialistas, o mundo entrou em crise. No Brasil, cuja economia era do tipo agrário-exportadora, o café encalhou nos portos, pois não havia compradores no exterior. Quase 50% de toda a produção industrial mundial era fabricada nos EUA, por isso a crise atingiu quase todos os países, principalmente aqueles que tinham os EUA como maior parceiro -- caso do Brasil. Tudo começou em 24 de outubro de 1929 (a quinta-feira negra), com um forte movimento de venda das ações, não havia compradores, conseqüentemente o valor das ações despencou, ou seja, as empresas se desvalorizaram e o mercado de ações entrou em colapso. Contrariando a opinião dos economistas, a crise foi longa. Pôs fim ao American Way of Life e deu origem à Grande Depressão, que paradoxalmente obrigou Franklin D. Roosevelt em 1933, a colocar em prática o New Deal (Novo Acordo). Com base nas aulas-expositivas e nas suas pesquisas, responda com suas palavras:
1. Descreva o contexto do American way of life.
2. Explique o que fez os EUA romper a sua política externa isolacionista.
3. Por que o new deal foi um plano econômico paradoxo ao capitalismo?
4. Qual foi a face cruel do capitalismo revelada pela crise de '29?
PROIBIDO "COPIAR" E "COLAR"

Crise_de_1929

A crise capitalista de 1929, atingiu todos os países capitalistas da época. Após o boom econômico e desenvolvimentista que ocorreu ao término da Primeira Guerra Mundial, provocado pela demanda da reconstrução da Europa, em 1927, os financistas estadunidenses voltaram-se para o mercado interno. Quanto mais compravam, mais as ações valorizavam; o que atraía mais investimentos. Porém, em 24 de outubro de 1929, a quinta-feira negra, ocorreu o contrário. Um forte movimento vendedor, quebrou a bolsa. A princípio, os economistas pensaram que se tratava apenas de um ajuste do mercardo. Mas o crack de Wall Street, marcou o início da Grande Depressão, que culminou em 1933, com o New Deal, decretando o fim do liberalismo econômico.
Faça o download do arquivo-texto no SkyDrive da turma.

20 de agosto de 2009

Sérgio Pinóquio Cabral


(clique sobre a imagem)

Mais uma vez fomos traídos por um politicante. Não é necessário dizer mais nada.
Apenas, não vote nele nunca mais.

9 de julho de 2009

1001_Avaliação_de_História

Observe com atenção a figura que mostra uma cena idealizada por um artista do Renascimento.Depois procure responder:

1)A cena é rural ou urbana. Justifique a sua resposta.
2)Qual é a profissão do homem no canto esquerdo abaixo?
3)O que fazem os dois homens no lado esquerdo da figura, no alto?
4)Embaixo dos homens(questão 2), há um balcão. Que tipo de serviço é executado no interior desse espaço? Observe os objetos e ferramentas.
5)No centro da figura, aparecem quatro senhores com uma esfera que representa o globo terrestre. Qual deve ser o assunto deles?
6)Existem dois homens entregues a uma atividade que pode ser considerada hedonista. Onde estão e o que fazem?
7)No canto direito em baixo, o que fazem os homens sentados? E o rapaz em pé, que mecanismo controla?

22 de maio de 2009

Socialismo (3002)

O Contexto do Surgimento do Socialismo Moderno. Preocupações com a desigualdade social existem desde a Antiguidade Clássica. Nas sociedades capitalistas a necessidade de reflexão sobre as diferenças entre os homens e a proposição de caminhos para a sua superação manifestaram-se sob a denominação de Socialismo. O Socialismo moderno nasceu na França no século XIX, em meio a um duplo movimento: 1. Em primeiro lugar, a fraca, hesitante e descontínua implantação do Capitalismo na economia francesa. Foi notória a incapacidade da burguesia deste país em criar condições materiais para desenvolver a grande indústria, uma nova forma de vida social. Assim sendo, foram mantidas as aspirações das antigas classes dominantes (a nobreza e a pequena burguesia, esta última composta de pequenos proprietários urbanos e rurais) em constante choque com as transformações econômicas, políticas e sociais. Note-se, a título de comparação, que na Inglaterra a industrialização conseguiu rapidamente superar as resistências políticas e sociais ao ascendente capitalismo. Isto não deu margem a nenhum questionamento por parte de outros segmentos sociais da importância do novo sistema econômico que se implantava, o que também criou uma forte e duradoura oposição ao desenvolvimento das idéias socialistas no país. 2. Em segundo lugar, a França assistiu no século XVIII a uma revolução política, a Revolução Francesa. Ela produziu uma imensa esperança de superação das desigualdades sociais (lembremos do lema revolucionário "Liberdade, Igualdade e Fraternidade”) que não foi seguido pelos regimes políticos, seus sucessores. A ditadura de Napoleão, a Restauração Monárquica ocorrida em 1815 e o governo instituído após a Revolução de 1830 não produziram nenhuma das condições sociais e políticas desejadas pelas forças revolucionárias de 1789. Além disso, a "onda" revolucionária de 1830, a primeira que contou com a participação da Classe Operária, desembocou num profundo mal-estar no nascente meio trabalhista francês após a repressão à greve de Lion. A idéia de "Socialismo", nesse momento uma crítica social e política às condições especificamente francesas, desenvolveu-se para além do seu lugar de origem e transformou-se profundamente. Inúmeras formas e meios foram criados para dar vazão a esta ansiedade da Classe Operária. O Socialismo transformou-se numa idéia universal ao longo da sua História. Ele vislumbrou a transformação da sociedade capitalista sob os mais diversos ângulos e, simultaneamente, alcançou um status de ideologia transformadora que ajudou a escrever a História dos séculos XIX e XX.
A primeira manifestação desta situação foi o Socialismo Utópico. O nome já expressa bem o seu conteúdo. Os autores vinculados a esta corrente, que se desenvolveu principalmente na França nas décadas de 1830 e 1840, propunham a construção de uma comunidade fraterna e igual entre seus membros. Tratava-se da "invenção" de uma forma social que, seguindo os princípios de Socialismo elaborados por cada autor em específico, associou (numa clara resposta ao individualismo liberal) os trabalhadores entre si. Estes compartilhavam dentro da literatura utópica uma coexistência pacífica e harmoniosa com as outras Classes Sociais. Esta situação ocorreria sempre longe das condições reais e concretas do Capitalismo. Os principais autores utópicos foram Ethiénne Cabet, Henri de Saint-Simon, Charles Fourier, Robert Owen e Pierre-Joseph Proudhon.



Outra interpetação, foi o Socialismo Científico. Para que a associação com as Lutas Operárias ocorresse, o próprio Socialismo teve que sofrer uma profunda transformação. Coube a Karl Marx, o fundador da mais completa concepção de Socialismo existente até os dias de hoje, desenvolver uma surpreendente análise e proposta de transformação social que deu a esta ideologia a importância que possui até os dias atuais. Além de orientar o Movimento Operário nas lutas concretas do cotidiano, a obra do autor conclui que a verdadeira expressão de uma sociedade socialista só ocorreria com a extinção do Capitalismo. Marx revolucionou as concepções tradicionais sobre o socialismo, incorporando em sua análise as seguintes características: 1. Afastando-se dos utópicos, que isolaram a sociedade socialista dentro de uma cápsula de vidro, Marx propôs a extinção total (e não somente a adaptação) da própria sociedade capitalista. 2. Aproximando-se da Economia, Marx analisou detidamente o funcionamento do Capitalismo, denominando-o de modo de produção capitalista, para concluir que as bases da estruturação do Socialismo estavam fundadas no próprio Capitalismo. A fábrica, característica produtiva fundamental do modo de produção capitalista, criou uma forma de organização e associação de meios de produção com os trabalhadores. Nesta, o trabalho interage com a máquina de forma a gerar uma parte não remunerada para os trabalhadores da produção realizada. Assim, apesar dos salários, a máquina extrai uma parte de trabalho que não é repassada aos produtores diretos, o que constitui o lucro final dos capitalistas. O tempo de trabalho não pago é o que se chama de mais-valia. 3. Desenvolvendo uma concepção de História, Marx demonstrou que as sociedades humanas baseavam-se na exploração do homem pelo homem. Esta é a base da desigualdade social que o Socialismo deveria se opor. Em todas as formas de organização sociais a exploração do homem pelo homem está fundada num determinado nível de desenvolvimento dos meios materiais de reprodução da vida humana em sociedade, as forças produtivas. Em cada momento da História as forças produtivas são desenvolvidas por uma organização social baseada num tipo específico de propriedade privada. Marx chamou esta situação de relações sociais de produção. Uma sociedade humana "vive" suas relações sociais de produção até o ponto em que novas forças produtivas não mais podem ser introduzidas. Esta situação caracteriza uma crise estrutural (que coloca em choque as forças produtivas com as relações sociais de produção estabelecidas) que desemboca numa nova forma de organização social, um novo modo de produção. Assim, o Capitalismo é o resultado da crise do Feudalismo e o Socialismo seria produto da crise do Capitalismo. Da mesma forma, a burguesia foi o agente da transição do Feudalismo para o Capitalismo e a Classe Operária deveria ser o agente da transformação do Capitalismo em Socialismo. Esta é a luta de classes, que levaria ao fim da exploração do homem pelo homem.

Com suas palavras, estabeleça as diferenças entre o socialismo utópico e o socialismo científico.

Revolução Industrial - 1750 (801)

Leia os depoimentos abaixo, e faça uma descrição crítica sobre as condições de vida da classe trabalhadora na Inglaterra no início da Revolução Industrial.

As condições de trabalho na Revolução Industrial Depoimentos de época (1) Os primeiros dias de setembro foram muito quentes. Os jornais noticiavam que homens e cavalos caiam mortos nos campos de produção agrícola. Ainda assim a temperatura nunca passava de 29°C durante a parte mais quente do dia. Qual era então a situação das pobre crianças que estavam condenadas a trabalhar quatorze horas por dia, em uma temperatura média de 28°C? Pode algum homem, com um coração em seu peito, e uma língua em sua boca, não se habilitar a amaldiçoar um sistema que produz tamanha escravidão e crueldade? (William Cobbett fez um artigo sobre uma visita a uma fábrica de tecidos feita em setembro de 1824)

(2) Pergunta: Os acidentes acontecem mais no período final do dia? Resposta: Eu tenho conhecimento de mais acidentes no início do dia do que no final. Eu fui, inclusive, testemunha de um deles. Uma criança estava trabalhando a lã, isso é, preparando a lã para a maquina; Mas a alça o prendeu, como ele foi pego de surpresa, acabou sendo levado para dentro do mecanismo; e nós encontramos de seus membros em um lugar, outro acolá, e ele foi cortado em pedaços; todo o seu corpo foi mandado para dentro e foi totalmente mutilado. (John Allett começou a trabalhar numa fábrica de tecidos quando tinha apenas quatorze anos. Foi convocado a dar um depoimento ao parlamento britânico sobre as condições de trabalho nas fábricas aos 53 anos)

(3) Eu tive freqüentes oportunidades de ver pessoas saindo das fábricas e ocasionalmente as atendi como pacientes. No último verão eu visitei três fábricas de algodão com o Dr. Clough, da cidade de Preston, e com o sr. Barker, de Manchester e nós não pudemos ficar mais do que dez minutos na fábrica sem arfar (ficar sem ar) para respirar. Como é possível para aquelas pessoas que ficam lá por doze ou quinze horas agüentar essa situação? Se levarmos em conta a alta temperatura e também a contaminação do ar; é alguma coisa que me surpreende: como os trabalhadores agüentam o confinamento por tanto tempo. (O Dr. Ward, de Manchester, foi entrevistado a respeito da saúde dos trabalhadores do setor têxtil em março de 1919)

(4) Aproximadamente uma semana depois de me tornar um trabalhador no moinho, fui acometido por uma forte e pesada doença da qual poucos escapavam ao se tornarem trabalhadores nas fábricas. A causa dessa doença, que é conhecida pelo nome de “febre dos moinhos”, é a atmosfera contaminada produzida pela respiração de tantas pessoas num pequeno e reduzido espaço; também pela temperatura alta e os gases exalados pela graxa e óleo necessários para iluminar o ambiente. (Esse depoimento faz parte do livro “Capítulos da vida de um garoto nas fábricas de Dundee”, de Frank Forrest)

(5) Nosso período regular de trabalho ia das cinco da manhã até as nove ou dez da noite. No sábado, até as onze, às vezes meia-noite, e então éramos mandados para a limpeza das máquinas no domingo. Não havia tempo disponível para o café da manhã e não se podia sentar para o jantar ou qualquer tempo disponível para o chá da tarde. Nós íamos para o moinho às cinco da manhã e trabalhávamos até as oito ou nove horas quando vinha o nosso café, que consistia de flocos de aveia com água, acompanhado de cebolas e bolo de aveia tudo amontoado em duas vasilhas. Acompanhando o bolo de aveia vinha o leite. Bebíamos e comíamos com as mãos e depois voltávamos para o trabalho sem que pudéssemos nem ao menos nos sentar para a refeição. (O jornal Ashton Chronicle entrevistou John Birley em maio de 1849)

(6) Na primavera de 1840, eu comecei a sentir dores no meu pulso direito, essa dor vinha da fraqueza geral de minhas juntas, o que vinha acontecendo desde minha entrada na fábrica. A sensação de dor só aumentava. O pulso chegava a inchar muito chegando a medir até 12 polegadas ao mesmo tempo em que meu corpo não era mais do que ossos. Eu entrei no hospital St. Thomas no dia 18 de julho para operar. A mão foi extraída um pouco abaixo do cotovelo. A dissecação fez com que os ossos do antebraço passassem a ter uma curiosa aparência – algo como uma colméia vazia – com o mel tendo desaparecido totalmente. (William Dodd escreveu sobre sua situação como criança trabalhadora acidentada no trabalho em seu panfleto “Narrativa de uma criança aleijada” no ano de 1841)

(7) Quando eu tinha sete anos de idade fui trabalhar na fábrica do Sr. Marshall em Shrewsbury. Se uma criança se mostrasse sonolenta o responsável pelo turno a chamava e dizia, “venha aqui”. Num canto da sala havia uma cisterna de ferro cheia de água. Ele pegava a criança pelas pernas e a mergulhava na cisterna para depois manda-la de volta ao trabalho. (Jonathan Downe foi entrevistado por um representante do parlamento britânico em junho de 1832)

(8) Eu trabalhava das cinco da manhã até as nove da noite. Eu vivia a duas milhas do moinho. Nós não tínhamos relógio. Se eu chegasse atrasado ao moinho eu seria punido com descontos em meu pagamento. Eu quero dizer com isso que se chegasse quinze minutos atrasado, meia hora de meu pagamento seria retirado. Eu só ganhava um penny por hora, e eles iriam tirar metade disso. (Elizabeth Bentley foi entrevistada por representantes do parlamento britânico em junho de 1832)

(9) A tarefa que inicialmente foi dada a Robert Blincoe era a de pegar o algodão que caía no chão. Aparentemente nada poderia ser mais fácil... Mesmo assim ele ficava apavorado pelo movimento das máquinas e pelo barulho dos motores. Ele também não gostava da poeira e do cano que soltava fumaça, pois acabava se sentindo sufocado. Ele logo ficou doente e em virtude disso constantemente parava de trabalhar porque suas costas doíam. Isso motivou Blincoe a se sentar; mas essa atitude, ele logo descobriu, era proibida nos moinhos. (As experiências vividas por John Brown numa fábrica de tecidos foram publicadas num artigo do jornal The Lion)

(10) São constantes as informações sobre crianças que trabalham em fábricas e que são cruelmente agredidas pelos supervisores a ponto de seus membros se tornarem distorcidos pelo constante ficar de pé e curvar-se (para apanhar). Por isso eles crescem e se tornam aleijados. Eles são obrigados a trabalhar treze, quatorze ou até quinze horas por dia. (Trecho do livro “A História da produção de algodão”, de Edward Baines) Obs.: Os depoimentos e trechos de livros ou jornais reproduzidos nesse artigo foram obtidos no site educacional Spartacus, da Inglaterra. O endereço eletrônico desse material, em seu original na língua inglesa é http://www.spartacus.schoolnet.co.uk/Textiles.htm.

Renascimento (1001)

A crise global do século XIV foi também uma crise espiritual, a qual trouxe consigo uma profunda inquietação intelectual, caracterizada pela busca de uma nova visão do homem, de Deus e do Universo, além da necessidade de uma profunda renovação cultural que, em linhas gerais, rompesse com as concepções medievais.
Nesse contexto histórico emergiu um amplo movimento intelectual, filosófico, artístico, leterário e científico, que teve suas origens nas Repúbicas italianas e que alcançou a sua plenitude nos séculos XV e XVI. Esse movimento ficou conhecido por Renascimento e procurou resgatar a Antiguidade Clássica e os valores da cultura grego-latina.



Sobre o Renascimento, leia os textos 1, 2 e 3 (pp. 120, 121, 122), do livro-texto e reponda as questões propostas.

República Velha - 1889/1930 (901)

Canudos
Canudos era uma comunidade pobre no serão da Bahia, no fim do século XIX. Ocupava uma área de terra sem dono. As pessoas foram ocupando o lugar lentamente, construindo uma casinha ali, um galinheiro acolá, uma lojinha por perto... até que surgiu uma cidade de 30 mil habitantes. O líder da comunidade de Canudos era o pregador religioso Antonio Conselheiro. Ele afirmava que o Messias (Deus) logo iria voltar à Terra e queimar os homens maus em fogo e enxofre. Canudos começou a incomodar os poderosos. Os coronéis se irritavam com os sertanejos, que pareciam viver com autonomia. A Igreja não aceitava que houvesse um homem fazendo pregação religiosa por conta própria.
Caracterize a Revolta de Canudos, destacando o grupo social a que pertenciam os habitantes do arraial, a importância da religião para a comunidade, os principais grupos que se colocaram contra Canudos e a atitude tomada pelo governo. ((PROIBIDO "COPIAR" E "COLAR")

CONTESTADO
Contestado foi um movimento camponês que aconteceu em Santa Catarina. No começo do século XX, a região foi ocupada por empresas que exploravam madeira e por uma companhia estadunidense que construía uma estrada de ferro. Todas elas invadiam as terrinhas dos camponeses e os expulsavam da região. A Serraria Lumber tinha sua própria guarda particular, impondo com violência a vontade da empresa na região. Os camponeses montaram um acampamento na Taquaruçu, uma área no interior catarinense. Liderados pelo monge José Maria, acreditavam que em breve Cristo retornaria para ajudá-los contra os poderosos que roubavam terras dos pequenos. Confiantes na proteção de Deus, trataram de atacar os agressores. Arrancaram trilhos e incendiaram galpões das serrarias.

Com suas palavras, responda quais foram as causas que suscitaram a Revolta do Contestado. (PROIBIDO "COPIAR" E "COLAR")

14 de maio de 2009

Revolução Russa


Os ideais da teoria socialista eram muito bonitinhos nos livros de Marx, Engels e de Lênin. Mas, na prática, apesar de o socialismo soviético ter desenvolvido o país e resolvido alguns graves problemas sociais, o regime stalinista revelou-se muito opressor.
O socialismo sempre será stalinista? Há alguma possibilidade de a humanidade ainda sonhar com uma nova sociedade em que o dinheiro não seja a coisa mais importante?
O intelectual, militante comunista e grande historiador baiano Jacob Gorender nos ajuda a entender um pouco sobre o que aconteceu na URSS stalinista:

“Em meados da década de 30, a economia soviética estava praticamente estatizada. Na concepção de Stalin, estatização era sinônimo de socialismo. (...) A esse socialismo estatizado correspondia um regime político caracterizado pelo centralismo burocrático e pela rotina do terror policial.
Ao contrário da tese de Marx, Engels e Lênin, acerca da extinção paulatina [gradual] do Estado no período do socialismo, o Estado soviético se expandiu e subordinou a si todas as esferas da vida social. Não só comandava a economia, através do planejamento feito por cima, como impôs regorosa censura à imprensa, rádio, cinema, teatro, artes em geral, editoras, escolas, igrejas etc.(...)
Stálim utilizou a repressão policial para fortalecer seu poder pessoal. (...) A repressão stalinista aniquilou ou inutilizou quase toda a velha-guarda bolchevique, homens e mulheres que passaram a vida pela luta clandestina, pelos combates revolucionários de 1917 e pela guerra civil. Cerca de 500 mil militantes comunistas tombaram diante dos pelotões de fuzilamento ou nos campos de concentração”.
(GORENDER, Jacob. Perestroika. Origens, projetos, impasses. São Paulo: Atual, 1991.pp. 17-19)

A partir do que é apresentado pelo autor do texto acima, procure responder:

1. No capitalismo, quase todas as terras e grandes empresas são propriedade privada, ou seja, pertencem a alguns poucos burgueses. No regime socialista stalinista, a quem pertenciam essas coisas?

2. O que significa dizer que no regime stalinista imperava o “centralismo burocrático”? (lembre-se de como eram tomadas as decisões do governo).

3. Nas obras de Marx, Engels e Lênin, o Estado socialista eira se tornar cada vez mais forte ou mais fraco? O regime stalinista seguiu essa ideia?

4. Como o partido comunista e o Estado soviético controlavam a sociedade civil?

5. No tempo de Stálin os comunistas foram perseguidos pela polícia?

6. Stálin se considerava comunista. Por que então ele perseguiu tantos comunistas?

8 de maio de 2009

Rebeliões que abalaram a República Velha

Canudos era uma comunidade pobre no serão da Bahia, no fim do século XIX. Ocupava uma área de terra sem dono. As pessoas foram ocupando o lugar lentamente, construindo uma casinha ali, um galinheiro acolá, uma lojinha por perto... até que surgiu uma cidade de 30 mil habitantes. O líder da comunidade de Canudos era o pregador religioso Antonio Conselheiro. Ele afirmava que o Messias (Deus) logo iria voltar à Terra e queimar os homens maus em fogo e enxofre.
Canudos começou a incomodar os poderosos. Os coronéis se irritavam com os sertanejos, que pareciam viver com autonomia. A Igreja não aceitava que houvesse um homem fazendo pregação religiosa por conta própria.

Caracterize a Revolta de Canudos, destacando o grupo social a que pertenciam os habitantes do arraial, a importância da religião para a comunidade, os principais grupos que se colocaram contra Canudos e a atitude tomada pelo governo.
((PROIBIDO "COPIAR" E "COLAR")

CONTESTADO

Contestado foi um movimento camponês que aconteceu em Santa Catarina. No começo do século XX, a região foi ocupada por empresas que exploravam madeira e por uma companhia estadunidense que construía uma estrada de ferro. Todas elas invadiam as terrinhas dos camponeses e os expulsavam da região. A Serraria Lumber tinha sua própria guarda particular, impondo com violência a vontade da empresa na região.
Os camponeses montaram um acampamento na Taquaruçu, uma área no interior catarinense. Liderados pelo monge José Maria, acreditavam que em breve Cristo retornaria para ajudá-los contra os poderosos que roubavam terras dos pequenos. Confiantes na proteção de Deus, trataram de atacar os agressores. Arrancaram trilhos e incendiaram galpões das serrarias.

Com suas palavras, responda quais foram as causas que suscitaram a Revolta do Contestado. (PROIBIDO "COPIAR" E "COLAR")

11 de março de 2009

Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

Em 1750, a Inglaterra surpreendeu o mundo com a Revolução Industrial. Por cerca de 100 anos os produtos industrializados pelos ingleses dominaram o mundo. Porém, no século XIX ocorreu a Segunda Revolução Industrial. Rússia, França, Japão, EUA e principalmente a Alemanha, ameaçavam a hegemonia industrial da Inglaterra. Teve inicio então, uma crise interimperialista provocada pela conquista da hegemonia das áreas de influência: regiões e países considerados estratégicos ao desenvolvimento industrial capitalista e burguês.
A Primeira Guerra Mundial é um produto da disputa entre os países industrializados por áreas de influência, mercados consumidores e matéria prima.

Com suas palavras, responda:

1. Quais foram as principais causas da Primeira Guerra Mundial?
2. O que foi a política de alianças?
3. Inicialmente os EUA se recusaram a participar da guerra. Porém, em 1917 a entrada dos EUA na guerra seria decisiva para a vitória da Tríplice Entente. Por que os EUA participou de uma guerra que não era sua?


PROIBIDO "COPIAR" E "COLAR"

2 de março de 2009

2010 e o Piso Salarial Nacional


O tempo passa muito rápido, e as articulações para as eleições presidenciais 2010 já começaram nos bastidores dos podres poderes. Na condição de professor, gostaria de alertar os colegas para o fato de que o PSN ainda não está em vigor devido a uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade)movida no STF pelos governadores Yeda Crusius(PSDB)Rio Grande do Sul - Luiz Henrique (PMDB) Santa Catarina - Cid Gomes (PSB) Ceará - André Puccinelli (PMDB) Mato Grosso do Sul - com o apoio dos presidenciáveis José Serra e Aécio Neves. Portanto, vocês já sabem que não podem votar nos candidatos do PSDB (Pior Salário do Brasil), para presidente, pois o PSDB do Sr. José Ferra, digo, Serra, é contra o PSN.

1 de março de 2009

Notebooks superfaturados?

O governo do Estado do Rio de Janeiro deve ser parabenizado pela iniciativa de distribuir notebooks (em regime de comodato) aos seus professores. Com certeza, essas máquinas serão muito úteis à capacitação profissional. O Estado já comprou mais de 50.000 (cinquenta mil) unidades ao preço médio de R$1.800,00. As primeira unidades começaram a ser entregues em abril de 2008. A CCE foi a fornecedora dos notebooks do primeiro lote de 31.000 unidades, com a seguinte configuração: placa mãe Intel, processador Intel Celeron M 1,80Ghz, HD 80GB, 512MB Ram, Monitor 15', Unidade gravadora CD, DVD, Wireless. Cada notebook do primeiro lote custou R$1.903,00! Atualmente o Estado está entregando o segundo lote de 19.000 unidades, ao custo unitário de R$1.800,00(Segundo o governador disse na entrega dos equipamentos). Dessa vez, os notebooks tem raça. A Itautec venceu a licitação (Celeron M 550, 1GB Ram, HD 160GB, CD,DVD-R, Wireless). No Shoptime, o mesmo note custa R$1.799,00 a unidade(http://www.shoptime.com.br/ShopProdF/17/1041614). Muito estranho, não e mesmo? O governo comprou 50 mil notebooks a preço de varejo. Porém, logo que recebi a "minha" máquina, estranhei o fato de que os notebooks foram entregues com o SO Windows XP Professional e o Office XP instalados; mas, recebemos o CD Original do Windows Vista Starter. Como isso é possível? Se o computador é vendido com a licença do Vista Starter, por que foi entregue com o XP Professional instalado? E o Office? Cadê o CD de instalação?

13 de fevereiro de 2009

Holocausto judeu ou palestino?

As imagens não mentem. O que aconteceu na Palestina precisa ser seriamente investigado. Quem vai pagar pelos crimes de guerra praticados pelos judeus sionistas contra a indefesa população civil da palestina? A foto ao lado, é de um menino palestino covardemente assassinado por soldados israelenses. Antes de morrer perguntou a seu pai: "Papai, eu estou morrendo?" Israel é uma vergonha para a humanidade.

Estamos de volta

É com muito prazer que eu volto a falar com vocês. As férias foram ótimas, mas já estava com saudades de falar com vocês e de escrever no blog. Estou muito animado para mais um ano letivo. Não obstante as trapalhadas da SEE, sob o comando da CEO Thereza Porto, a expectativa é boa, porque nós entendemos bem de sala de aula. Então, sejam bem-vindos(as) para mais uma jornada pelos caminhos da História Crítica.
Um cordial abraço do professor Marco.

9 de janeiro de 2009

Férias...

... este blog voltará em fevereiro.