Pages

20 de agosto de 2010

REVOLUÇÃO MEXICANA

Um dos aspectos que mais chama a nossa atenção no estudo da Revolução Mexicana é a carência de idéias. De construções ideológicas que aparelhassem os revolucionários na conquista do poder. Quando a Revolução eclode, entre 1910-11, observa-se que seus argumentos ideológicos expostos pelos militantes antiporfiristas são extraídos do liberalismo burguês: alternância do poder, rotatividade no executivo, eleições periódicas e honestas, legislativo autêntico e judiciário independente. Este programa (que foi esboçado pelo Plano de San Luís de Potosi, outubro de 1910) convivia desconfortavelmente com outro, emergido das bases camponesas, e expressadas principalmente por Zapata que exigia uma reforma agrária que restaurasse ao ejidos.

Desgraçadamente faltou para as lideranças camponesas um instrumental ideológico que ultrapassasse a simples luta pela terra e se configurasse numa luta pelo poder político.

Com suas palavras, responda:

1 - Que tipo de classificaçao podemos atribuir ``a revolução mexicana?

2 - O que provocou o choque entre Madero e Zapata?

3 - Explique como ocorreu fim das lideranças camponesas?

Fonte: http://www.algosobre.com.br/historia/revolucao-mexicana.html

12 de agosto de 2010

O Terror Atômico

Em Agosto de 1945 os Estados Unidos da América entraram para a história mundial por ser a primeira e única nação a despejar o terror atômico sobre enormes populações de civis. Com a II guerra mundial praticamente acabada e sem ter podido justificar o gasto de 2.6 bilhões de dólares no Projeto Manhattan (projeto de construção da bomba atômica), Harry Truman busca oportunidades para jogar uma, ou quem sabe até mais, de suas bombas envenenadas sobre cidades inimigas e demonstrar ao mundo o tamanho do poder que os Estados Unidos detinham na mão.


Com sua palavras, responda:
PROIBIDO "COPIAR" E "COLAR"

1 - As bombas atômicas foram um ato de guerra ou uma ação terrorista?

2 - Algumas pessoas podem achar que é eticamente válido fazer uma distinção entre vidas do nosso lado e vidas do outro lado: as pessoas do lado de cá seriam mais preciosas, mais merecedoras de viver do que as do lado de lá. Portanto, podemos matar vinte deles para salvar um dos nossos. Você concorda?

20 de março de 2010

FSP continua ignorando greve

O Jornal Folha de São Paulo, aquele " a serviço do país". continua ignorando a greve dos professores da Rede Pública de Ensino do Estado de São Paulo. No entanto, destaca o protesto dos camisas vermelhas lá na Tailândia. Veja nos screenshots:

Caderno Mundo - 20 de março de 2010



Caderno Educação - 20 de março de 2010

16 de março de 2010

A Greve Fantasma

Os professores do Estado de São Paulo, estão mobilizados na maior greve na história da categoria. Você sabia? Pois é. No Brasil, mesmo com o advento da Internet, o acesso à informação, ainda é monopolizado. Por isso, é difícil encontrar pessoas bem informadas.
Para proteger o Serra, os grandes meios de comunicação simplesmente não dizem nada sobre a greve.
Que tipo de democracia a grande mídia quer para o Brasil?




15 de março de 2010

A greve que o Brasil precisa conhecer



Fax nº25 – 05/03/2010 PELA DIGNIDADE DO MAGISTÉRIO E PELA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO

Professores aprovam greve por tempo indeterminado Reunidos em assembleia na Praça da República na sexta-feira, 5, mais de 10 mil professores aprovaram greve por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira, 8. As principais reivindicações da categoria são: reajuste salarial imediato de 34,3%; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; plano de carreira justo; garantia de emprego; contra as avaliações excludentes (provão dos ACTs/avaliação de mérito); revogação das leis 1093, 1097, 1041 (lei das faltas); concurso público de caráter classificatório; contra a municipalização do ensino, contra qualquer reforma que prejudique a educação, em todos os níveis. Da assembleia também participaram representantes dos diretores de escola e supervisores de ensino, que decidiram, em suas instâncias, entrar em greve em conjunto com os professores. O Magistério paulista, com esta decisão, deu um BASTA aos desmandos do governo Serra. Os professores aprovaram ainda o calendário de mobilizações (leia quadro), com a realização de uma nova assembleia na sexta-feira, 12, no vão livre do Masp, na avenida Paulista. As subsedes devem realizar, na quinta, 11, assembleias regionais. Governo afronta categoria Praticamente às vésperas da assembleia, o governo do Estado anunciou, com estardalhaço, a incorporação da Gratificação por Atividade de Magistério (GAM) em três parcelas, a serem pagas em 2010, 2011 e 2012. A proposta é uma afronta e um desrespeito. Para se ter uma ideia, , até 2012 o salário-base do PEB II em jornada de 24 horas, terá um acréscimo salarial de apenas R$ 6,47. Não queremos esmolas! Queremos reajuste salarial e a real valorização do Magistério. Sem contar que inúmeros professores aposentados já ganharam na Justiça, em ação movida pela APEOESP, o direito de incorporação total da GAM. Este governo gasta milhões em propagandas no rádio e na TV para apresentar mentiras à população. Onde estão as escolas com dois professores? Onde estão os laboratórios de informática abertos nos finais de semana com monitores? Temos de dar uma resposta à altura, chamando os pais dos alunos para conhecer nossas escolas, para que possam comparar com a “escola de mentirinha” que Serra mostra na televisão. Matéria paga As entidades do Magistério veicularão matéria paga na Rede Bandeirantes, no intervalo do “Brasil Urgente” – entre 17h30 e 18h50 – na próxima quarta-feira, 10. Em anexo, segue carta à comunidade escolar – pais e alunos – explicando o porquê de nossa greve. A carta deve ser reproduzida pelas subsedes. É importante também que as subsedes circulem com carros de som, denunciando os desmandos do governo e explicando as razões da greve da categoria. Calendário de mobilização Dia 8 de março: conversa com a comunidade escolar Dias 9 e 10: visita às escolas Dia 11: assembleias regionais Dia 12: assembléia estadual no vão livre doMasp, na avenida Paulista, às 15 horas

10 de março de 2010

Já vai tarde.


Finalmente chegou o dia. Adeus Gilmar Mendes.
Engraçado, a estupidez de gente arrogante como o GM. Na sua cabeça pequena, o exercício do poder nesse paroxismo narcisista, deve ter-lhe dado um enorme prazer, o ego deve ter ido às alturas. Me pergunto, se tem noção do lugar obscuro que lhe garante a História, juíza que pode tardar um pouquinho às vezes, mas é implacável com os fatos, quando “a poeira assenta” e as coisas todas se revelam verdadeiramente, já sem a influência do “poderoso de plantão”. Para quem é pequeno, mas pequeno com todas as letras minúsculas, os salões, as recepções, os tapinhas nas costas, o medo que impõem aos outros, as bajulações, o afago da mídia mais corrompida, é o pobre prêmio que levam naquele período estelar. Não pensam grande, não pensam com o caráter, com a perspectiva histórica de deixar um legado ao páis que deveriam servir. FHC e GM estão entre os proeminentes, na minha opinião, desse triste e patético exemplo. Tinham tudo para brilhar, para enriquecer o Brasil e, como “acessório de luxo”, enriquecerem junto, suas biografias. Nem um, nem outro. O ostracismo os espera…

8 de março de 2010

O bota-fora do Amato em 89, e a coalizão lulista hoje



Dia desses, eu escrevi aqui que a oposição cerrada a Lula (e a Dilma) não vem dos grandes capitalistas. Essa talvez seja uma diferença importante em relação a 64. Naquela época, como hoje, a coligação reacionária envolvia “grande imprensa”, latifundiários, Igreja e classe média que marchava com Deus e pela Liberdade. Naquela época, os empresários (grandes e pequenos) estavam apavorados. Havia a Guerra Fria e o fantasma do “comunismo”. O velho partidão (PCB) acreditava numa ilusória aliança com a “burguesia nacional”, para sustentar Jango e as reformas. Mas a burguesia tinha outros planos, e implorou pelo golpe – que veio. Saltemos 20 anos. Na década de 80, no PT, o grande debate era: como atrair a “classe média” e os pequenos empresários para a coligação de esquerda. O petismo (e eu acompanhava bem de perto esse debate) acreditava que, pra governar, era preciso agregar, aos setores mais organizados da classe trabalhadora (sindicatos, associações de bairro, estudantes, CEBs etc), as tais “camadas médias urbanas”. Em 89, essa aliança não ocorreu. Lula teve no primeiro turno os votos dos “setores organizados”. No segundo, ganhou parte da “massa desorganizada”, ou do “lúmpen” (como, de forma arrogante, alguns petistas se referiam ao povão das periferias), graças ao apoio decisivo de Brizola – transferindo “todos” os votos no Rio e no Rio Grande do Sul. O grande empresariado também fugiu de Lula e do PT. Mario Amato, da FIESP, falava que milhares de empresários iriam embora do país se Lula ganhasse. O que levou alguns amigos gaiatos, da USP, a organizar uma grande festa entre o primeiro e segundo turno: foi o “bota-fora do Mario Amato”, na casa do Pedro e do Álvaro Puntoni (QG das “nossas” grandes festas naquela época em São Paulo). Em 94 e 98, empresários e classe média ficaram com os tucanos. Além de boa parte do povão “desorganizado”, que fora favorecido pela estabilidade do Real. Pois bem. Em 2002 e 2006, Lula conseguiu uma aliança que não tem nada a ver com as “tradições petistas” de “agregar a classe média”. Lula fez uma aliança inesperada, incluindo “setores organizados”, povão desorganizado e o grande empresariado. A classe média ficou fora. E continua de fora. É ela que baba de raiva nas “correntes da internet”, e nas ruas e bares paulistanos, cariocas e gaúchos. Essa classe média não suporta olhar para a cara de Lula, o “nordestino dos 4 dedos”. E o grande empresariado? Esse vota com o bolso. Pensei em tudo isso ao ler o artigo de Emilio Odebrecht, que me foi enviado por uma boa amiga jornalista, dessas que trabalham na “grande imprensa”, mas sabe muito bem que não é “sócia” dos patrões (nem nos lucros, nem no pensamento). O artigo do Odebrecht expressa a perplexidade de um grande empresário diante de uma imprensa que caiu no gueto. Uma imprensa que fala (só) para essa classe média raivosa que parece não gostar do Brasil, uma imprensa que não reconhece os avanços do país. O artigo de Odebrecht (a quem conheço só de nome) é o símbolo dessa estranha (mas efetiva) aliança lulista: “classe trabalhadora organizada”, “povão desorganizado” e “grandes capitalistas”. Quem está fora da “grande coalizão” é a classe média, associada aos ruralistas e aos donos da mídia. Essa base votará em Serra aconteça o que acontecer. O nó para Serra é: como atrair parte dos lulistas sem desagradar à direita que baba na gravata? Isso é problema do Serra. 21 anos depois daquela eleição (vencida por Collor, no fim das contas), a gente não poderia mais organizar “bota-fora” pro presidente da FIESP e pros grandes empresários. Em 89 era tudo mais divertido. Mas, em 2010, temos um país mais sólido. Apesar dessa turma que baba na gravata de tanta raiva. Pra espanto seu, meu. Pra espanto, também, do Emílio Odebrecht.

=== A IMPRENSA E O NOVO BRASIL – por Emílio Odebrecht
No final do ano passado, a revista "The Economist" brindou-nos com uma matéria de capa cujo título era: "O Brasil decola". A reportagem chama nosso país de maior história de sucesso da América Latina. Lembra que fomos os últimos a entrar na crise de 2008 e os primeiros a sair e especula que possamos nos tornar a quinta potência econômica do globo dentro de 15 anos. Não é apenas a revista inglesa que vem falando dos avanços aqui obtidos nos campos institucional, social e econômico nas últimas décadas. Somos hoje referência no mundo e um exemplo para os países em desenvolvimento, vistos como uma boa-nova que surge abaixo da linha do Equador. Diante disto, me pergunto se a imprensa brasileira está em sintonia com a mundial -que aponta nossos defeitos, mas reconhece nossos méritos.Tal dúvida me surge porque há um Brasil que dá certo e que aparece pouco nos meios de comunicação. Aparentemente, o destaque é sempre dado ao escândalo do dia. Isso deixa a sensação de que não estamos conseguindo explicar aos brasileiros o que a imprensa internacional tem explicado aos europeus, norte-americanos e asiáticos. Tornar públicas as mazelas é obrigação da imprensa em um país livre. Mas falar somente do que há de ruim na vida nacional, dia após dia, alimenta e realimenta a visão negativa que o brasileiro ainda tem de si. Se as coisas por aqui caminham para um futuro mais promissor, é porque, em vários âmbitos, estamos fazendo o que é o certo. Para líderes políticos, empresariais e sociais dos países que precisam encontrar o caminho do progresso, conhecer nossas experiências bem sucedidas pode ser o que buscam para desatar os nós que ainda os prendem na pobreza e no subdesenvolvimento. O fato é que, ficando nos estreitos limites do senso comum, a sensação é de que a imprensa, de uma forma geral, considera o que é bem feito uma obrigação -não merecedor, portanto, de ocupar espaços editoriais, porque o que está no plano da normalidade não atrairia os leitores. Ocorre que o que acontece aqui, hoje, repercute onde antes não imaginávamos. Por outro lado, há uma mudança cultural em curso na sociedade brasileira e a imprensa tem um papel preponderante nesse processo. O protagonismo internacional do Brasil e nossa capacidade de criar novos paradigmas impõem que a boa notícia seja tão realçada quanto são os fatos que apontam para a necessidade absoluta de uma depuração de costumes que ainda persistem em nossas instituições.


Fonte: Rodrigo Viana