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21 de dezembro de 2010

Educação no Estado do Rio caminha para colapso.

É bem provável que a Educação Pública do Estado do Rio de Janeiro esteja próxima de um "apagão" por carência de professores. Desde 1997, a SEE/RJ vem sistematicamente fazendo concursos para suprir a falta de professores e não consegue. Apesar do desenvolvimento econômico do país ter melhorado significativamente, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, ainda mantém a mesma política de arrocho salarial do governo FHC, quando o crescimento do país minguava 2,3% a.a. Até as prefeituras pagam melhor. Nas regiões metropolitana e serrana, a situação é muito grave. Mas, hoje o que me chamou atenção, foi o fato de que o Estado do Rio superou a renda média do Estado de São Paulo. Vejam o quadro divulgado pelo IBGE:


Como podemos observar, na iniciativa privada, a renda do trabalhador metropolitano do Rio de Janeiro é superior à renda do trabalhador metropolitano do Estado de São Paulo. Por isso, cada vez mais será difícil preencher as vagas, visto que, o salário médio de um professor em início de carreira no Estado do Rio é de R$ 600,00. Em consequência dos baixos salários, os cursos de licenciatura estão com os dias contados; afinal, quem quer ser professor?
No Brasil, professor é uma profissão em extinção. O MEC admite publicamente que é possível ocorrer um apagão no Ensino Médio por carência de professores. Por isso, em 2009, divulgou uma campanha caluniosa contra os professores brasileiros. Vamos ver de novo?



Ah... como deve ser bom ser professor na Alemanha, na França, na Finlândia...
Qual será o salários dos professores nesses países citados na campanha do MEC?

Em 2008, a OIT e a UNESCO haviam publicado o ranking mundial de salários de professores. O Brasil aparecia como no ante-penúltimo lugar. Perdemos apenas para o Peru e a Indonésia. O salário anual médio de um professor na Indonésia é US$ 1.624, no Peru US$ 4.752 e no Brasil, US$ 4.818, o equivalente a R$ 11 mil.

BRASIL
Um brasileiro em início de carreira, segundo a pesquisa, recebe em média menos de US$ 5 mil por ano para dar aulas. No topo da carreira e após mais de 15 anos de ensino, um professor brasileiro pode chegar a ganhar US$ 10 mil por ano.

ARGENTINA
A Argentina paga US$ 9.857 por ano aos professores, cerca de R$ 22 mil, exatamente o dobro do Brasil.

ALEMANHA
Na Alemanha, um professor com a mesma experiência de um brasileiro, ganha, em média, US$ 30 mil por ano, mais de seis vezes a renda no Brasil.

PORTUGAL
Em Portugal, o salário anual chega a US$ 50 mil, equivalente aos salários pagos aos suíços.

COREIA
Na Coreia, os professores primários ganham seis vezes o que ganha um brasileiro.

FINLÂNDIA
Na Finlândia, melhor avaliação de desempenho de alunos do mundo (segundo o PISA), um professor em fim de carreira chega a ganhar US$ 60 mil por ano, o equivalente a R$ 9 mil por mês".


ALUNOS POR TURMA
A OIT e a Unesco dizem que o Brasil é um dos países com o maior número de alunos por classe. Segundo o estudo, existem mais de 29 alunos por professor no Brasil, enquanto na Dinamarca, por exemplo, a relação é de um para dez.

Pois é, a propaganda é linda. Mas, "esqueceram" de dizer o valor do salário do professor nos países mencionados na campanha.

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